Os segredos de uma boa caldeirada penicheira



Comece por ir ao Mercado Municipal de Peniche (isto se quiser confeccionar uma caldeirada penicheira, se quiser uma caldeirada nazarena vá ao mercado da Nazaré e por aí adiante) e compre peixe morto, não interessa a espécie. Se por acaso vier a notar que o peixe não está totalmente morto, resolva o problema afogando-o.
Ponha ao forno uma panela com 3 litros de azeite e deite cuidadosamente lá o peixe. Tenha noção de que se ele ainda continuar vivo fugirá e você terá bastante trabalho para o apanhar.
Afaste-se 4 metros da panela e atire as batatas lá para dentro, deixando as que cairem ao chão para os seus filhos comerem. Isto garantirá que a sua caldeirada contará apenas com os tubérculos mais consistentes.
Para dar sabor despeje na panela 5 embalagens de piri-piri do mais pequeno que encontrar. Passado 15 minutos, pegue numa pinça e tire grão a grão os grãos de piri-piri. Quando vir cabelos brancos na panela, é porque já retirou grãos suficientes.

Sinta-se à vontade de meter na panela todos os ingredientes que lhe passarem pela imaginação ou pelo frigorífico, desde cebolas, nabos, batatas doces, almôndegas, mousse de chocolate, Whiskas saquetas, a única condição a cumprir é o ingrediente ser comestível.
Sirva a sua apetitosa caldeirada à família, e porque não, convide o Monsenhor Bastos para dar graças antes da refeição e a extrema unção no fim da mesma.

Sem comentários:

Enviar um comentário