a burocracia


A instalação dos projetos de aproveitamento das correntes marítimas em Peniche está em risco.
Não por falta de interesse das empresas, mas pura e simplesmente por culpa da burocracia do estado. É o próprio secretário de estado da energia que o reconhece.

Graças a isso, o investimento na nossa região, a criação de postos de trabalho e a fixação de técnicos especializados pode ir toda para outro país que não seja tão hóstil ao investimento estrangeiro.

A burocracia tem um objetivo principal: sustenta uma economia protecionista.
Um protecionismo que se no Estado Novo se destinava a proteger a produção nacional, agora protege o sistema partidário atual, que vive do financiamento de um grupo de empresas de malta amiga.
92% das obras feitas pelo estado foram por ajuste direto, no entanto quando há oportunidade de receber investimento estrangeiro o estado prefere complicar a vida aos investidores para não tirar negócio às empresas do costume.

Esta situação só vai mudar quando a garantia de que um governo vai ser independente do poder económico der mais votos do que a descida dos impostos e outras promessas demagógicas do costume impossíveis de cumprir.

Mas o voto não depende só dos que lêem jornais e levam uma vida de trabalho honesto sem exigir mais do estado do que fornecer os serviços que pagam com os impostos.
O voto depende da massa popular, e essa, pelas sondagens, elegia agora para comandar o governo um partido que no último ano não apresentou alternativas nem nenhum caminho específico, já que depende do sistema atual para se financiar e para ter o apoio das suas bases, a maioria das quais deve ao estado os cargos (inúteis) que exercem em instituições públicas ou nas empresas contratadas pelo estado, conforme são governo ou oposição.

Se a demagogia e o populismo continuarem a levar a melhor nas intenções de voto, o investimento estrangeiro vai continuar a fugir de Portugal como o diabo da cruz e a nossa economia vai continuar a decrescer até o estado ser financeiramente insustentável.

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